Sobre Este Blog


Bicho do mato, evito sair de casa o máximo possível, exceto quando descubro algum rolê cultural interessante. Quando em Brasília, por exemplo, eu frequentava festas noturnas (de rock alternativo), sebos, barzinhos universitários, bibliotecas e feirinhas de livros. Já tinha me acostumado e apreciava a vida cultural na capital. Por isso, quando voltei a morar no estado do Rio de Janeiro, na infame Baixada Fluminense, fiquei um pouco desesperado.


Antigo morador de Queimados, sabia (ou achava que sabia) que o município, que foi considerado o mais violento do Brasil em 2018, não tinha expressividade ou relevância cultural. Sem sebos, contava apenas com duas ou três pequenas livrarias evangélicas e uma biblioteca municipal que não passava dum quartinho abafado.

O jeito, pensei, era recorrer à agitação cultural do Centro do Rio. Lapa, Botafogo, CCBB, etc. Mas aí, como não tenho carro, teria que ir de trem, ou de ônibus. E se fosse num rolê noturno, como eu faria pra voltar durante a madrugada e bêbado? Seria arriscado e imprudente. Rio de janeiro é Rio de Janeiro, Baixada é Baixada. Melhor não dar bobeira: vacilou, perdeu.

Então pensei em procurar algum evento mais perto. Afinal, a Baixada é região que integra vários municípios. Queimados era culturalmente inexpressivo, mas Nova Iguaçu, pelo que me lembrava, era mais cultural: tinha centro de cultura, cena de rock independente,  escolinha de xadrez, feirinha de livros, cursos de desenho, alguns sebos, algumas livrarias, FAETEC, CEFET e um polo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), além das boates e bares.

Duque de Caxias, São João de Meriti, Paracambi e Nilópolis eu só conhecia de nome. O que poderia ter de cultural e interessante rolando nesses municípios? Era hora de descobrir.

Meu foco, claro, é conhecer o mundo dos livros e dos escritores da região. Mas também pretendo escrever sobre música, mídia alternativa, fanzines, blogs, coletivos, livros e artistas locais, desde que me despertem o interesse.

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